terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A esperança é a última que morre

As circuntâncias, talvez as pessoas, talvez eu mesma tenha me afastado de mim. Isso é uma das muitas perguntas sem resposta que a vida nos traz, o que importa é que sei que essa pessoa que habita meu corpo não sou eu! A pessoa que está aqui tem medo de tudo,o que a torna dependente de um namorado, dependente da mínima demonstração de afeto das outras pessoas, essa pessoa tem medo de confiar nas pessoas, tem medo de amar, de se entregar, tem medo de ficar forever alone, medo de não ser bonita o suficiente ou gostosa o suficiente pra que outro alguém a queira, essa pessoa não almeja nada, aceita tudo, e faz de tudo para agradar os outros, essa pessoa não sabe quem ela mesmo é, muito menos o que esperar dela mesma, essa pessoa precisa de elogios para se sentir bonita e quando os recebe ao invés de agradecer tenta provar que a pessoa está errada, essa pessoa não se diverte, não vive, ela só deixa as coisas irem a lugar nenhum esperando chegar em alguma coisa ou alguma resposta mais na verdade, bem lá no fundo ela sabe que não vai chegar a lugar nenhum, e quando ela olha para o passado e vê quem ela era, ela se pergunta:

Como eu me perdi de mim? Quando? Pq? Perguntas sem nenhuma resposta, mais eu sei que eu era uma pessoa confiante, dona de mim, orgulhosa de mais as vezes, mandona, extrovertida, que amava sair com as amigas, ou somente ficar junto delas, eu era amiga acima de tudo, e garotos eram somente garotos eles nunca interferiam na minha vida, pois quem decidia tudo era eu, mais eu também tinha medo, medo de amá-lo para sempre, medo de esquecê-lo e cometer o mesmo erro, medo de ir atrás dele novamente, mais não tinha medo de conhecer outras pessoas e de me divertir essencialmente.

Mais essa era quem eu era! Quem eu fui! E não quem eu sou de verdade. Parte do que eu fui ainda é quem eu sou! Mais qual parte? O que ainda restou? E o que eu sou realmente além de pouca pele e muito osso? E uma tattoo?

Só me restaram mentiras e medos, e nenhuma resposta. Mais eu ainda tenho uma carta na manga, a esperança. É ela que não me deixa apagar da minha memória que eu fui, é ela que me faz refletir no que eu me tornei, é ela que me faz acreditar que um dia saberei quem eu realmente sou. Talvez eu tenha que dar o primeiro passo para descobrir, me libertar do que me torna dependente, me libertar do medo, e da pessoa que me faz sentir esse medo, e eu sei que quando eu me libertar só vai sobrar o medo, mais não o mesmo medo que sinto agora! O medo que sinto agora é um medo futuro, o medo que sentirei será um medo presente e Verdadeiro, quando eu me libertar estarei realmente sozinha, sem garotos, sem amigas, sem coragem, sem sonhos, sem rumo, somente a ESPERANÇA e eu.

Será que isso bastará?